08.12.09
Zé Merino: “Paixões para sempre!”
os tubaroes, Viseu
Homem de paixões, de exageros, de deveres e de obrigações, na família, na amizade, no trabalho, na lealdade e até no seu lazer.
Nada tinha meio termo. Nem o mau feitio.
Cresceu e viveu na Quinta da Pinheira, em Santo Estêvão, Viseu, seguramente a sua primeira paixão, e daí lhe ficou o seu amor à terra e à natureza, que sempre o acompanhou durante a vida.
No Liceu de Viseu encontrou-se com a música, a sua segunda paixão, os Beatles e as cantorias, e nos amores encontrou inspiração para as muitas melodias que criou, e cujas letras efectivamente sabia.
A tropa interrompeu o seu curso na Escola Agrícola de Coimbra e levou-o até Angola onde criou novos e bons Amigos, outra paixão que perdurou.
Cedo se assumiu responsável, cumpridor, honesto, trabalhador, intransigente na defesa dos mais fracos, sempre ao lado dos seus, e muito sensível às injustiças.
Autodidacta na Arquitectura revelou um traço único em vários e meticulosos projectos para os Amigos, a que se dedicou.
A quinta era a sua Amante e a ela dedicou todo o seu tempo, talento e tanta energia, que à noite recuperava em boa companhia e sempre com a melhor gastronomia.
Leu bastante, escreveu alguma coisa, e nada divulgou. Ficou em projecto.
Nobre no carácter, teimoso, possessivo, fértil e fiel na amizade e no amor.
Zé, Fazes falta.
eduardo