Momentos da vida da banda portuguesa de rock "Os Tubarões" (1963 - 1968).
Here you can find all about the 60's portuguese rock band "Os Tubaroes" (1963-1968).
Na foto (esq./dir.): José Soeiro, Patrício, Jorge Ramalho, Cristiano K.Gomes, José Leitão, João Albernaz, Mário V.Lopes, A.Valarinho. Em cima: Edite e Fernanda.
O Programa do SARAU de 21/01/1967:
Autógrafos dos Artistas:
Agradecemos a colaboração de António Júlio Valarinho.
A 21 de Janeiro de 1967, integrando o Sarau dos Finalistas do Liceu de Viseu (66/67), foi apresentada a peça "O Fidalgo Aprendiz" de D. Francisco Manuel de Melo, encenada pelo Professor Osório Mateus. A importância da encenação, dos métodos usados pelo Encenador, o rigor posto nos ensaios, a cenografia usada e modo inovador da representação marcaram definitivamente um grupo de jovens política e culturalmente.
Em homenagem a todos os que nela participaram e a todos os finalistas reproduzimos o texto do António Júlio Valarinho inserido no livro porViseu'60s, retratos de Viseu e da vida musical do conjunto académico Os Tubarões e iremos publicar outros elementos de arquivo em próximos textos.
Na foto: Cima p/baixo, dir/esq.: Jorge Ramalho;
José Leitão, Francisco Carrilho, Patricio e A.Valarinho;
Edite, José Soeiro, Dra.Teresa, Fernanda, Mário V.Lopes, Prof.Osório Mateus e João Albernaz;
Dr. Melo, Luis Dutra, Rosa e Cristiano K.Gomes.
.o.fidalgo.aprendiz.
António Júlio Valarinho
AUTO DO FIDALGO APRENDIZ
“No Sarau dos alunos Finalistas do Liceu de Viseu
O Auto do Fidalgo Aprendiz de D. D.Francisco Manuel de Mello (sec. XVII) surge como segunda escolha do Prof.José Alberto Osório Mateus, depois do Reitor deste Liceu ter censurado a encenação da peça “O Sétimo Selo“ de Ingmar Bergman.
Integrada como principal “atracção” deste Sarau de alunos finalistas, o Prof. José Alberto Osório Mateus, professor de Português neste estabelecimento de ensino, pretendeu construir uma dramaturgia que espelhasse a virtude de saber viver a vida segundo os princípios da ética, cultura, e do aprender a pensar e a imaginar o imaginário ainda por imaginar.
É neste ambiente, que todo o trabalho se desenrola,sendo o motor de toda a dramaturgia, cenografia e encenação a participação activa de todos os intervenientes sem qualquer exclusão – actores, técnico de luzes, músicos, figurinista, cenógrafos, contra rega…
O Prof. José Alberto Osório Mateus era o agente catalisador de uma encenação construída segundo um programa de ensaios pré-estabelecidos logo de início, onde o seu horário era calculado ao minuto.Ninguém podia chegar atrasado.
A adesão de todos foi imediata, sempre rodeada de uma paixão por um projecto que progressivamente nos transformou em jovens que sabiam de antemão, que a partir daqui, nada ficaria como dantes e seria deste modo que de imediato nasceu o CETEV (Centro de Teatro dos Estudantes de Viseu) que com o CITAC de Coimbra e o CETA de Aveiro (Júlio Fino e Júlio Henriques) formavam um triângulo de cumplicidades políticas e culturais.
Do projecto de encenação e das suas dificuldades e cumplicidades os episódios multiplicaram-se como a título de exemplo, por ser talvez o mais divertido, eram as batidas de bateria a cargo do Eduardo Pinto, que colocado num ponto sem visão da cena, tinha de rigorosamente acompanhar o diálogo dos actores, acrescido dos seus movimentos subsequentes, para no momento exacto poder intervir.
O Auto do Fidalgo Aprendiz foi integralmente construído segundo os conceitos do teatro didáctico de Piscator e Brecht, aproximando a personagem principal (D. Gil ) no perfil do português espertalhão que vive sob o signo das aparências, fora da realidade, cheio de dívidas, perseguido e atraiçoado pelos seus credores e “amigos”.
As ambições de D. Gil correspondem às de um fidalgo provinciano, pelintra, (mas que necessita de que o julguem rico), pretendente a entrar na corte sem aceitar a “constante adaptação à realidade da vida“, que o condena no final, ao sofrimento e à desgraça.
Foi no domingo, 9 de Outubro, que Os Tubarões se reuniram de novo em Gondemaria, na fantástica casa do Carlos Alberto, para uma confraternização especial motivada pela presença do Luso-Americano Quim Guimarães (Kim Senders) ex-Executivo da Direcção de Marketing da Coca-Cola, radicado em Atlanta, Estados Unidos. E para surpresa do Encontro apareceu um bolo feito pela filha do Rogério Dourado, a Filipa Dourado http://deliciasdapipas.blogspot.com/ que nos presenteou com um bolo com o formato da D.URRACA, com a decoração de 1968 - Preta e Cor de laranja.
Grande ambiente de confraternização que incluiu muito convívio, estórias, memórias e muita música.
Mais um grande momento de uma amizade nascida há 47 anos. É Obra !
Da esquerda/direita: Carlos Alberto, Luis Dutra, Fernando Pascoal de Matos, Teresa Merino, Tó Fernandes (Fifas), Eduardo Pinto e Quim Guimarães.
Grande dia, boa atmosfera e alegre convívio.
Um especial agradecimento aos anfitriões Irene e Carlos Alberto.
A logística das deslocações e do transporte dos equipamentos e amplificadores implicava sempre mais do que uma viatura. Ia sempre a viatura do Sr. Loureiro, algumas viaturas de amigos que nos acompanhavam e se ofereciam para o transporte de um ou outro equipamento, e um carro de aluguer A com uma mala grande onde eram transportados os maiores volumes de equipamentos. Naquele tempo já tínhamos um Roadie. Tratava-se do Nogueira, amigo de infância do Zé Merino, que nos acompanhava e se responsabilizava pela logística do transporte e montagem dos equipamentos e aparelhagens.
Por mera questão de oportunidade o Sr. Loureiro comprou por 20.000$00, em 2ª mão, uma carrinha VW, modelo pão de forma, azul, que baptizamos como D. Urraca.
Esta aquisição deu-nos uma maior independência nas nossas deslocações e uma segurança elevada para o transporte dos equipamentos.
Levantava-se um problema. Embora alguns de nós tivéssemos a carta de condução ninguém estava interessado em conduzir a D. Urraca quando nos tínhamos de deslocar, principalmente quando o regresso se seguia à actuação. Foi então que se consolidou a presença dentro do conjunto do Rogério Dourado, um amigo que já nos acompanhava no dia a dia, um fã da VW que treinava na condução do carocha do Pai, nas inúmeras escapadelas que fazíamos ao serão ao Caramulo e outras redondezas para muitos e agradáveis serões de folia.
O Rogério Dourado passou a cuidar e a ser o responsável pela D. Urraca.
A D. Urraca passou a ser mais um excelente elemento do Conjunto responsável pela deslocação confortável dos nossos equipamentos. E acompanhou-nos até ao fim com algumas remodelações no motor, cores e coreografia.
A D.URRACA começou por ser de cor azul e terminou de cores preta e laranja como aqui se reproduz graças à Arte das Delicias da PIPAS http://deliciasdapipas.blogspot.com/2011/10/d-urraca.htmlO nosso Bem Haja à Filipa Dourado por esta magnifica reprodução.