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Os Tubarões, Viseu, Portugal

Momentos da vida da banda portuguesa de rock "Os Tubarões" (1963 - 1968). Here you can find all about the 60's portuguese rock band "Os Tubaroes" (1963-1968).

04.01.16

1964 – Fim do ano no Hotel Grão Vasco.


os tubaroes, Viseu

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 (Fotos da Foto Germano)

 

O nosso Verão musical em 1964 foi passado nas Termas de S.Pedro do Sul. Foram umas férias fantásticas de convívio, muita amizade e um verdadeiro estágio musical. Tocámos em 3 Palcos: Na FNAT em espectáculos de encerramento dos turnos quinzenais, no Casino Rainha D. Amélia onde realizámos os nossos primeiros bailes com cachet, e na MÓ, a 1ª e mais original Boîte das Termas que se localizava na cobertura de um velho moinho na margem norte do Rio Vouga no início da ponte.

Retomadas as aulas entrou para o Conjunto o Carlos Alberto Loureiro (teclados) e saiu o António Fernandes (viola solo) por ter ido estudar para Lisboa. O Pai do Carlos Alberto, o Senhor António Xavier de Sá Loureiro, passou a ser o nosso Empresário gerindo a nossa carreira. A nossa sede para contactos era na Rua 5 de Outubro, 103-2º, casa do Alberto Carrilho nosso Relações Públicas.

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Estava acordado irmos animar as festas do Clube de Viseu – Baile de fim do ano e matinée dançante no dia 1.

Naquele ano, 1964, tinha sido inaugurado o Hotel Grão Vasco o que foi um grande acontecimento na cidade.

 

" Em 1964 Viseu tinha como oferta turística hoteleira várias Pensões: André (hoje Rossio/Parque), Central (muito popular por ter lançado o primeiro snack bar na cidade, A Gruta, com o famoso prego com ovo a cavalo), Ramboia, Bocage, Ideal, Passarinho, S. Lázaro, Preto, Viriato, Lusitana, Parreira do Minho, e eventualmente outras. Mas Hotel só havia o Avenida justificando-se plenamente um novo Hotel na cidade. Pertencente à Família Ferreira dos Santos, Família muito conhecida e de prestígio na cidade, donos da Estalagem Viriato localizada junto à Ponte de Fagilde a caminho de Mangualde, o Hotel Grão Vasco foi construído no espaço do antigo Quartel e tinha como seu Director Geral o João Ferreira dos Santos que quis organizar uma festa no 1º fim de ano do Hotel ...".

 

João Ferreira dos Santos entrou em contacto com o Sr. António Xavier Loureiro para nos contratar para irmos animar o fim do ano no Hotel. O contrato com o Hotel foi fechado pelo cachet de 4.000$00.

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O Baile do fim de ano realizou-se no Salão do Hotel frontal à recepção e o nosso Palco ficou instalado por baixo da zona das escadas para o 1º piso. Foi a nossa prova de fogo na cidade. Começámos pelas 23H00 e foi até às 04H00 da manhã, só nós, com poucos intervalos pois não havia outro sistema de som. Salão esgotado com a presença dos hóspedes do Hotel e também muitas famílias da cidade que não quiseram faltar a tão importante evento no lugar mais chique de Viseu. Para nós foi a primeira apresentação pública na cidade e, como é natural nestas situações, fomos alvo de um apertado escrutínio com todos os presentes a opinarem sobre o nosso desempenho: “São geitosos” deve ter sido a frase mais ouvida na noite a nosso respeito.

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 A formação que actuou no Hotel Grão Vasco no fim do ano de 1964 (e-d): Victor Barros, viola ritmo, José Merino, voz, Luis Dutra, viola baixo, Eduardo Pinto, bateria e Carlos Alberto Loureiro, teclados.

 

A partir de 1965 o Hotel Grão Vasco passou a ser uma verdadeira sala de visitas da cidade de Viseu. Davam-se os primeiros passos no fomento do Turismo em Portugal e, com o novo Hotel Grão Vasco, a cidade passou a ser incluída nos roteiros turísticos de Portugal. Começaram a chegar autocarros com excursões de turistas de várias origens, com preponderância para os Franceses e os Brasileiros. Geralmente chegavam às 3ªs ou 4ªs feiras pelas 19H00, instalavam-se, jantavam e dormiam. Na manhã do dia seguinte visitavam a cidade (a Rua Formosa, Mercado 2 de Maio, Rua do Comércio e Centro Histórico e Rua Direita) e seguiam para outras paragens.

Em 1966, após a final do Concurso IÉ-IÉ, o nosso amigo Germano fez um conjunto de fotografias no átrio do Hotel e de uma delas, um postal ilustrado que era vendido nos Agostinhos, no Café Rossio e em várias tabacarias da cidade e consta que foi um sucesso comercial.

 

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Em 1967 voltámos a actuar no Hotel Grão Vasco dando suporte a uma série de passagens de Modelos da Woolmark que acompanhámos em várias partes do País.

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Hotel Grão Vasco, 1967 (e-d): José Merino, voz; Carlos Loureiro, teclados, Victor Barros, viola ritmo, Eduardo Pinto, bateria e Luis Dutra, viola baixo. 

 

Agradecimentos: Foto Germano;

Citação: porViseu 60's

porep

 

 

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